Os Estados Unidos continuam acusando várias empresas chinesas de estarem intimamente ligadas às forças de defesa da China. Eles rapidamente fizeram uma lista de organizações que a mídia internacional começou imediatamente a chamar de “militares”.
Uma das empresas mais populares - Xiaomi - também está na lista. Vamos descobrir o que aconteceu e o que a empresa deve esperar.
O que aconteceu?
De acordo com a Bloomberg, em 15 de janeiro, a Xiaomi Corporation, ao lado de mais 8 empresas chinesas, entrou na lista negra do Pentágono. O governo afirma que as empresas enumeradas são uma ameaça à segurança nacional.
Mais detalhes sobre a lista negra
- Em 12 de novembro de 2020, o presidente dos EUA assinou um decreto que proíbe as pessoas jurídicas e físicas dos EUA de fazer qualquer operação com ações de empresas chinesas que pertencem ou trabalham com as forças militares chinesas.
- A lista dessas empresas é elaborada pelo Ministério da Defesa.
- Já são 35 empresas na lista.
- Os cidadãos americanos devem vender as ações das empresas da lista até 11 de novembro de 2021.
- As bolsas dos EUA devem retirar a lista dessas empresas e excluí-las de seus índices.
Como o mercado reagiu?
No dia 15 de janeiro, como reação a Xiaomi estar na lista das empresas “militares”, o preço das ações da empresa caiu 10.26%. Na Bolsa de Valores de Hing Kong, o preço das ações caiu de 32.65 para 29.3 HKD.
A queda no mercado de OTC dos EUA foi menos perceptível: os recibos de depósito da Xiaomi caíram 7.5%, chegando a 19.75 USD por papel.
Observe que esses eventos não afetaram apenas as citações de Xiaomi. As ações de empresas de tecnologia que fornecem vários componentes e nós à Xiaomi também caíram.
O preço das ações da FIH Mobile Ltd caiu 13.51% para 1.3 HKD, Largan Precision Co., Ltd - em 3.38% para 2,860 TWD, AAC Technologies Holdings, Inc. - em 2.68% para 43.55 HKD.
Resumindo
2020 foi um ano de bastante sucesso para a corporação: naquele ano, suas ações cresceram 167%, enquanto sua capitalização atingiu 107 bilhões de dólares. Segundo a CNBC, no terceiro trimestre de 2020, a empresa alcançou a terceira posição na lista dos maiores fabricantes mundiais de smartphones.
No entanto, este ano começou com notícias bastante negativas: a Xiaomi entrou na lista negra dos EUA, puxando suas ações para baixo em 10%. Os representantes da empresa negam qualquer cooperação com as forças militares chinesas e afirmam estar prontos para proteger os interesses corporativos.
A promulgação de novembro pode ser considerada a última tentativa de Trump de desferir um golpe na economia chinesa, especialmente no setor tecnológico. Analistas dizem que Joe Biden não se apressará em revogar o decreto porque sua prioridade são os desafios internos.
Quanto à popular empresa chinesa, os investidores temem que a situação influencie significativamente a quantidade de compra de componentes do smartphone, bem como as vendas. Acompanhe essa situação conosco para saber se os analistas estão certos.
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